O papel das Redes Sociais nos recentes protestos
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As Redes Sociais têm o
poder de influenciar?
Texto: Henrique Oliveira
Foto: Google Imagens
O aumento nas tarifas dos transportes públicos e os gastos em
investimentos bilionários do governo para a Copa do mundo de 2014,
foram a gota d'água para milhares de manifestantes em todo o Brasil
organizarem protestos a favor de uma melhor gestão do nosso país.
Os feeds de notícias e os incansáveis tweets contra a má aplicação
de verbas públicas se tornaram assuntos comuns nas conversas dos
mais de 79 milhões de internautas, segundo uma recente pesquisa
feita pela empresa Scup - plataforma que monitora mídias sociais.
Não tem como ignorarmos as opiniões das pessoas em um país que
luta pela democracia. Também não tem como deixarmos passar
despercebido como essas mesmas se organizam e mobilizaram a fim de
apontar mudanças para o país.
Segundo o pesquisador da Fundação Getúlio Vargas,
Luiz Antonio Joia, o episódio dos protestos brasileiros “é algo
inédito no país graças à internet e às redes sociais. Esse
movimento é a cara da web; anárquico, sem dono, impessoal e suporta
qualquer coisa”.
A opinião pública também foi influenciada pelo
que se comentava nas redes. Vimos manifestantes passarem rapidamente
de vilões a heróis. Com a ajuda da influente mídia jornalística,
desde o começo dos protestos, acontece um intenso debate sobre os
motivos dos atos e onde tudo isso vai parar.
Não quero que minha opinião possa soar de uma
forma exagerada mas, penso, se não fosse a influência e o poder que
as redes sociais exercem sobre as pessoas, essa onda de protesto que
acontece de norte a sul do Brasil e até mesmo em outros países, não
teria tomado uma proporção tão imediata como está acontecendo.
Goste você ou não, a verdade é que nunca se falou
tanto em mudanças no país como nas últimas semanas. Basta
acessarmos as Redes Sociais e veremos inúmeras páginas, blogs,
frases, charges, tirinhas, críticas e vídeos sobre o assunto. O
que se vê é uma mudança radical até mesmo na forma de manter-se
informado. Vivemos em um mundo diferente do de nossos pais e avós.
As Redes Sociais e todos os meios de acessá-las fazem parte,
querendo ou não, do nosso dia a dia. Cabe a você querer manter-se
antenado ou não.
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