1,99 - Um Supermercado Que Vende Palavras

Temos certeza que os Publicitários de plantão que ainda não conhecem a indicação do estudante da área @Gleidistone Antonio, vão ficar no mínimo curiosos com o que vão ler.
Uma crítica à sociedade de consumo de um jeito que você nunca viu. O filme aborda de uma maneira muito inteligente questões como, consumo, desigualdade social e jogos de interesses. A maneira como atribuímos a marcas e produtos nossa identidade. 

Para Masagão, nossa fragilidade está no fetiche: “somos fetichistas e muito susceptíveis à própria propaganda e aos seus slogans”. Nesse supermercado não há cor, não há marcas, só frases com o apelo usado para que comprem seus produtos, ou seja, vendem-se palavras, vendem-se slogans e, em última análise, vendem-se fetiches. 
Os produtos do grande supermercado são rotulados com frases do tipo: “Use e abuse”, “Você é único”, “Just do it”, retrata uma sociedade (a nossa sociedade) onde o produto em si já não tem valor, mas sim a marca, a atitude embutida nele. Karl Max chega a dizer que, o fetiche é um elemento fundamental da manutenção do modo de produção capitalista. 
@Gleidistone Antonio
Esse “fetiche” a qual Masagão e Marx se referem, tem a ver com a ideia que sociedade de consumo tenta impregnar em nós: a de que precisamos e necessitamos de algo que na verdade, não precisamos e não necessitamos (naquele momento talvez). Como o simples fato de usarmos um produto da marca “X”, nos faz aceito em determinado grupo, ou nos torna superior a alguém.

Fica a dica. Tenha paciência, porque o filme foge totalmente do que estamos acostumados a ver nas salas de cinema atualmente. A trilha sonora é a mesma, efeitos especiais não existem. No fim valerá a pena. Bom filme, boa reflexão.

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