Como resolver a crise no jornalismo?
Para entendermos melhor o
meio em que trabalhamos e a evolução da era tecnológica,
resolvemos debater um tema que vem sendo comentado há algum tempo: A
crise no jornalismo.
Após escutarmos o
podcast Anticast #131,“O Jornalismo no Tempo da Internet”, abrimos uma roda de bate
papo entre os instrutores do projeto, e através de um texto todos
expressaram suas opiniões sobre o assunto. Os textos ficaram muito
bons, por isso, decidimos postar em nosso blog os resultados, em cada
semana um texto será publicado, começando pela opinião de Henrique
Oliveira.
Texto: Henrique Oliveira
Embasado
no podcast que ouvimos na semana que se passou, onde é explanada de
uma forma muito objetiva as transformações que o jornalismo tem
passado com a chegada das redes sociais, me levou a seguinte
reflexão: o jornalismo seria apenas uma profissão ou estamos
falando de um ofício que nos últimos anos se tornou uma empresa?
Penso
dessa forma porque parei para refletir o quanto é caro e peculiar
exercer a profissão hoje em dia. Os custos para ter um jornal com
redação, gráfica, equipamentos de áudio e vídeo, por exemplo,
são exorbitantes. Além é claro, de todo o imposto, pagamento de
funcionários e cursos de especialização dos mesmos. É ou não é
uma empresa?
Se
você compartilha dessa mesma conclusão, também deve saber que
qualquer empresa que se preze e queira se firmar no mercado,
certamente devesse “dançar de acordo com o que a banda toca” e a
banda somos nós. No caso do jornalismo em que o receptor, leitor ou
ouvinte é o foco, reforça ainda mais essa verdade.
Acredito
que o jornalismo precisa inovar suas formas e estratégias com uma
certa frequência. A fim de nos oferecer uma melhor experiência com
a informação. Afinal, estamos vivendo uma era em que a cada dia
surgem plataformas das mais variadas possíveis. Plataformas essas
que já entenderam que é de comunicar que nós gostamos. E esse NÓS,
é muito grande e variado. São milhões de pessoas sedentas por
conteúdos. E existem milhões de possibilidades de alcança-las.
Mas
uma eu defendo e acredito: quanto mais aberto e próximo for o
veículo de comunicação do receptor, mais eficiente será o
conteúdo.
É claro que não estou
incentivando os jornalistas abrirem mão dos pilares que movem a
profissão. A apuração, por exemplo, é algo imutável. Mas penso
que o inovar e adaptar o formato de como a notícia é gerada e de
como ela chega até nós é uma realidade que deve ser pensada todos
os dias.
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